sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

México Centro Geográfico do Sagrado Feminino do Anahuac - por Artur Alonso

 


Em 1519 Hernán Cortés chega a Tenochtitlan com o um estandarte da Virgem da Imaculada Conceição, muito parecida com a Virgem de Guadalupe que anos mais tarde, em 1531, se apareceu no cerro de Tepeyac ao indígena Juan Diego

Esse estandarte foi entregue aos Senhoras tlaxcaltecas, como reconhecimento a seu poder guerreiro ao lutarem contra os mexicas, tepanecas e tlatelolcas.

Durante o século XIII, na Estremadura espanhola foi encontrada uma imagem andalusi – islâmica, que tinha um certo parecido com a Virgem Maria, nas margens do rio Wad-al-Lubb (em árabe; “rio oculto”), hoje o Guadalquivir. Mais tarde esta imagem foi nomeada como Virgem de Guadalupe, e feito um templo em sua honra.

Uma cópia da imagem que Juan Diego encontrou, em 1531, foi colocada no cerro de Tepeyac. Hoje tempos um culto neste local a Virgem de Guadalupe. O cerro de Tepeyac, sempre foi um lugar sagrado, onde os habitantes do Anahuac rendiam culto a Mãe de todos os deuses a Deusa Tonantzin (referência direta a Mãe cósmica – do 2º Trono – presença na Terra que abre uma linha axial de conexão entre a mãe Divina dos mundos e mãe Natureza dos filhos da terra – com idêntica função que outras deusas cósmicas e da natureza em diversas mitologias do mundo).

A Mãe Tonantzin junto ao Pai Totahtzin, são os representantes do 1º e 2º trono cósmicos que unidos (semente e óvulo, no útero feminino geram os mundos: os filhos de filhas do 3º trono cósmico). Estas Divindades com suas ligações – linhas axiais céu-terra aos deuses da natureza, que unidos geram os filhos e filhas da terra.

Tonantizin e Totahtzin, são na mitologia nahualt a polaridade latente (que se vai manifestar em todo o mundo material) que está inserida dentro do corpo do deus Supremo Ometeotl. Tendo aqui um referente ao Ser-Imanifesto, Eterno, Todo-Uno, Não -Ser: em processo de vir a Ser – Manifestar-se desde o Ilimitado Espiritual ao Limitado material.

Então podemos aqui inferir que a Virgem que surge das águas ocultas (O Wad-al-Lubb) do 2º Trono Cósmico – toma corpo místico no cerro de Tepeyac – unindo-se a Senhora das Mundos do Anhauc – tomando forma a sincretização de duas civilizações, unidas por uma mesma essência, a caminho da sabedoria da Toltecayoth do filho Quetzalcoalt ressurgir e fundir-se com o Cristo místico, o Lugh celta, o Buda: caminhos diversos para um mesmo processo de transformação interior do “ser humano” e exterior dos povos.

Este todo processo milenar, trabalhado por centos de gerações, se juntará no continente americano, como o processo idêntico da América do Sul – com a criação em marcha do futuro novo centro civilizacional do Brasil – estender-se ate o rio da Prata e dar inicio aquela “Raça Cósmica” que sonhou, não por acaso um mexicano: José de Vaconcellos.

Os trabalhos já começaram, e agora que o centro civilizacional anglo-saxão declina e se traslada o itinerário do IO a criar outro provisório Centro Geográfico, que guiara a humanidade nos próximos séculos, provavelmente na Eurásia; a América do Sul, se prepara para tomar o revezo quando este centro do Oriente – que tem que orientar agora o impulso que deu, desde nas navegações de Portugal e Espanha o Ocidente – entre em seu declínio.
Louvamos, pois, a Mãe Cósmica do 2º Trono, desde onde descem em missão à Terra, as hierarquias luminosas, para ajudar a humanidade na sua árdua lavoura de espiritualizar a matéria: trazendo a Lei Divina – Dharma, organizadora da vida, do amor e da prosperidade ao mundo do caos, onde o livre arbítrio sem guia ética tende a desenvolver um inteligência habilidosa que vive para a egolatria dos desejos dos sentidos.

Que a Mãe Tonantzin e Pai Totahtzin, com todos os nomes que recebam em outras culturas, possam através dos filhos da luz, em estes tempos de densa névoa, iluminar e guiar a humanidade.