A dia de hoje esta tudo por disputar: de um lado o velho, seu cão aguardando na memória do que tem sido um eterno tempo e agora se foi, como a chuva que parte com a estação da primavera. Do outro os donos da inconsciência, os amos do capital à espera dum rebento pronto a segurar um continuo, que deveria não ter impasse no tempo.
E nem sempre acontece assim.
De um lado pode ate o velho renascer no legado de aqueles que escutam a distancia o ecoar dos ventos, e sabem que os espíritos dos antigos hão voltar a terra que lhe foi roubada, há muitos séculos, pela sede de sangue do Imperador . Não virão como antanho, mas sim como renovadas formas, rostos ainda por definir na essência das raízes que sempre prevalecem.
Quanto aos donos do capital sucede muito a miúdo seus filhos não chegar a usufruir dum tão basto patrimônio, ficam vencidos, rendidos e exaustos ante a fúria de outros mais justos, injustos ou bem retraídos, na luta pela sobreposição, dos males que todos nos afetam.
A dia de hoje tudo por decidir: um homem que passeia na rua mais deserta e nunca encontra o farol que Alexandre deitou num lugar oculto da Ásia, que é imensa e bela e nos chama, umas vezes para a morte outras tantas para a vida.
Do outro lado, em Alexandria, numa biblioteca arder, está o segredo do olho que tudo ausculta (acima da pirâmide). E um repara quanto sangue derramado, quanto esforço sentenciado pela simples ânsia de viver uma aventura falida, que em sonhos foi alçada pelos amantes do desespero.
Estou convosco nisto, porque vivo ao vosso lado, mas temer ao homem que precisa da vossa aprovação. Como nada aguardar da mulher que se projeta na sombra dele. Mesmo de aqueles que estão à espera eterna da ressurreição, porque eles são os filhos do livro e sempre vêem carregados epitáfios, medo e apolítica visão. Bem sabeis, sabeis bem que eles venderam vossa carne e a sangue do vosso sangue ao filho do pai, que foi de novo inicio deus e cordeiro.
A dia de hoje tudo esta a mudar, pois o império se despedaça. E é bom que assim aconteça, pois o cancro começa a corroer os últimos resquícios vitais dum sistema que já não traslada esperança de salvação, as massas abduzidas de espíritos muito fracos, como de doentes cérebros entregues estão, os elementos da alma a deformação da própria primeira vida, que deu a essência aos primitivos homens.
Eles hão de perceber e no ultimo instante, tentados estarão de arrastar-nos a todos no seu ultimo lamento, concentrados na avareza de ver seu umbigo decaindo: sonharam em sua morte engendrar todas as mortes.
Devereis ser fortes, pois eles têm desejos à venda ante vossos rostos, e sabores de seus odores que nada trazem a entender-se com as flores do paraíso, e tomarão o caminho da indecência antes vossas frias caveiras.
Nem sempre eles vão vencer.
Seu tempo, noutro tempo foi, embora que persistam, ate o ultimo suspiro em ser imortalizados.
E nem sempre acontece assim.
De um lado pode ate o velho renascer no legado de aqueles que escutam a distancia o ecoar dos ventos, e sabem que os espíritos dos antigos hão voltar a terra que lhe foi roubada, há muitos séculos, pela sede de sangue do Imperador . Não virão como antanho, mas sim como renovadas formas, rostos ainda por definir na essência das raízes que sempre prevalecem.
Quanto aos donos do capital sucede muito a miúdo seus filhos não chegar a usufruir dum tão basto patrimônio, ficam vencidos, rendidos e exaustos ante a fúria de outros mais justos, injustos ou bem retraídos, na luta pela sobreposição, dos males que todos nos afetam.
A dia de hoje tudo por decidir: um homem que passeia na rua mais deserta e nunca encontra o farol que Alexandre deitou num lugar oculto da Ásia, que é imensa e bela e nos chama, umas vezes para a morte outras tantas para a vida.
Do outro lado, em Alexandria, numa biblioteca arder, está o segredo do olho que tudo ausculta (acima da pirâmide). E um repara quanto sangue derramado, quanto esforço sentenciado pela simples ânsia de viver uma aventura falida, que em sonhos foi alçada pelos amantes do desespero.
Estou convosco nisto, porque vivo ao vosso lado, mas temer ao homem que precisa da vossa aprovação. Como nada aguardar da mulher que se projeta na sombra dele. Mesmo de aqueles que estão à espera eterna da ressurreição, porque eles são os filhos do livro e sempre vêem carregados epitáfios, medo e apolítica visão. Bem sabeis, sabeis bem que eles venderam vossa carne e a sangue do vosso sangue ao filho do pai, que foi de novo inicio deus e cordeiro.
A dia de hoje tudo esta a mudar, pois o império se despedaça. E é bom que assim aconteça, pois o cancro começa a corroer os últimos resquícios vitais dum sistema que já não traslada esperança de salvação, as massas abduzidas de espíritos muito fracos, como de doentes cérebros entregues estão, os elementos da alma a deformação da própria primeira vida, que deu a essência aos primitivos homens.
Eles hão de perceber e no ultimo instante, tentados estarão de arrastar-nos a todos no seu ultimo lamento, concentrados na avareza de ver seu umbigo decaindo: sonharam em sua morte engendrar todas as mortes.
Devereis ser fortes, pois eles têm desejos à venda ante vossos rostos, e sabores de seus odores que nada trazem a entender-se com as flores do paraíso, e tomarão o caminho da indecência antes vossas frias caveiras.
Nem sempre eles vão vencer.
Seu tempo, noutro tempo foi, embora que persistam, ate o ultimo suspiro em ser imortalizados.
Artur Alonso
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