Aberto ao meu mundo 04
Se o teu espírito não estiver nublado por cousas
desnecessárias
Será este o melhor período da tua vida
Poetas chineses do Wu- Men.
desnecessárias
Será este o melhor período da tua vida
Poetas chineses do Wu- Men.
Lembro que desde muito menino conheci o jardim soalheiro, junto as sombras que ele mesmo desprendia, para com elas perder-me.
E perdi a vida muito cedo, abandonando-me a mim próprio nos falsos sentidos, longe da mãe e de aquilo que significa no coração mais tenro a palavra família.
Lembro, pois uma família falecida em volta dos meus primeiros passos pela relva, descalço com amigos arredor (etéreos) que nos falam sem falar, como o vento quando mexe as folhas do salgueiro, o sabugueiro, os juncos que inventaram o som doçe das flautas.
Lembro uma escola na que era prisioneiro, como a mais crua das sanguinárias fugidas, em um tempo de paz forçado e envilecido; frias eram as guerras.
Lembro ser injustamente repreendido, por tentar em sonhos visitar um local imaginário, só para mim habitável (desde então procuro quem comigo queira compartilhá-lo).
Lembro os inimigos do riso, enfiados em pretas saias, camisas brancas, cavalgar sobre mim como lobos famintos que se emborcavam, sempre acima da presa mais fácil, fraca e minorada nas suas faculdades.
E me lembro cercado, sem outra mobilidade, sem outra possibilidade que agachar-me e agüentar, nas espera de sofrer essa noite, uma agonia interminável.
E perdi a vida muito cedo, abandonando-me a mim próprio nos falsos sentidos, longe da mãe e de aquilo que significa no coração mais tenro a palavra família.
Lembro, pois uma família falecida em volta dos meus primeiros passos pela relva, descalço com amigos arredor (etéreos) que nos falam sem falar, como o vento quando mexe as folhas do salgueiro, o sabugueiro, os juncos que inventaram o som doçe das flautas.
Lembro uma escola na que era prisioneiro, como a mais crua das sanguinárias fugidas, em um tempo de paz forçado e envilecido; frias eram as guerras.
Lembro ser injustamente repreendido, por tentar em sonhos visitar um local imaginário, só para mim habitável (desde então procuro quem comigo queira compartilhá-lo).
Lembro os inimigos do riso, enfiados em pretas saias, camisas brancas, cavalgar sobre mim como lobos famintos que se emborcavam, sempre acima da presa mais fácil, fraca e minorada nas suas faculdades.
E me lembro cercado, sem outra mobilidade, sem outra possibilidade que agachar-me e agüentar, nas espera de sofrer essa noite, uma agonia interminável.
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