sábado, 23 de maio de 2009


MUITOS

Destruímos cidades
cujos nomes nom invejamos

pus um colchete em tua orelha

falavas falavas
como se fose possível aliviar metáforas

ante eles
nada serves
disseste

eram muitos
adverti
muitos e nós vivemos apaixonadamente

muitos
proferimos
nosso amor se compom de nom atender vilezas

nem entender
dsfrarçar espécias


Demos licença usar nosso rosto
combinamos cartazes onde as barcas figuram
remansos agradáveis

poir ainda
confiamos nossos filhos a cuidar em seu proveito

Muitos
que pode um fazer senom acomodar desejos

muitos muitos
que poderemos amanhá tentar
agora que milhares exploram azulejos...


Artur Alonso, do livro: Uma Meixela depois a outra.


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