quinta-feira, 11 de junho de 2009

A falsidade humana


No último dia da duodécima lua
o deus do Lar volta para o Céu
para contar o que viu aqui na terra

Antes de o queimarem e em fumo o tornarem
toda a família lhe dá de comer
para que fique com o ventre farto.

Leitão bem assado, peixe mui gostoso,
bolos aloirados, frutos bem maduros,
o vinho um regalo, não se olha a despesas

O deus do Lar esquece as querelas,
as palavras insolentes, as faltas de todos.
Sobe ao Céu bêbado e satisfeito.

O que é preciso depois á arranjar outro deus.

Do Poema: “O Deus do Lar” de Fang Tcheng Ta

Nenhum comentário:

Postar um comentário