sábado, 6 de junho de 2009

Galiza.


Tu queres visualizar Galiza no fundo da tua alma. Eu quero Galiza visual no universo humano em pé com outra culturas, sem ocupar outros espaços, sem que outros lhe ocupem o seu. Vos pensais que Galiza nasceu para mártir, porque desconheceis a grandeza da sua historia: Galiza é o berço da céltica identidade, é o caminho de confluência que lutou com cobiça contra o Al-Andalus, foi reino germano onde a Sueva bandeira ondeou e também espaço aberto aos irmãos Lusos, os de longas guedelhas, como maré que comunica com as Atlânticas ilhas. Foi o desespero napoleônico e a legalidade mal entendida.
E agora que quereis que seja? Uma terra que se nega a si mesma, um país que enraíza o auto-oido e se sente débil, cativo, sem préstimo, como avocado a eterna condenação do governo dos medíocres. Queríeis essa Galiza?... Pois então que pouco amais a vossa Terra. Que mau conceito tendes de vos mesmos, que pouco vos amais porque vos podereis ser hoje Espanhóis, amanha Europeios, ontem Império forçado por Roma, mas o que nunca deixareis de ser é Kallaikos.
Amo esta Galiza, como amo todos os povos e paisagens que a minha alma teve o privilegio de percorrer. Amos em pé de igualdade, por que ao igual que Kallaikos todos formamos uma mesma humanidade, um planeta que lateja, morre e agora só terá uma forma de salvar-se: o reconhecimento de todos os povos, de todas as espécies, de todas as diversidades que estão ameaçadas...
Artur Alonso

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