quinta-feira, 25 de junho de 2009

Mentes Abertas


“Um não pode suportar demasiada realidade”
(Carl Jung)
“Estamos a ponto de iniciar uma viagem desagradável através dum território sem cartografar”
(James Howard Kunstter no livro: “A longa Emergência”)
A necessidade nos faz acordar. Cruzamos vales, atravessamos rios, estradas que levam a nenhuma parte. Encostas trancadas de pedras: pedras na dor, pedras no sapato: na alma feridas abertas que também com pedras se consertam, quando precisa o coração de viver na rudeza. As vezes pó no interior dos olhos e no espírito acerado uma cantiga para cruzar fronteiras imaginadas na noite, que se ergueram sobre nós como os fantasmas nos sonhos. Mas conseguir também se consegue quando a necessidade precisa salvar da queima o livro das origens. Acarinhar a esperança de aqueles que estão por vir, e chegaram sem saber como este mundo foi construído (destruído). Precisarão eles da primeira palavra no primeiro ouvido. É isso mesmo que nós resguardamos da queima, do trovão, da umidade na chuva, das almas negras que em sombra adensam o mundo, para ficar a esperar, para lutar pelo impossível.
अर्तुर अलोंसो Artur Alonso

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