quinta-feira, 4 de junho de 2009


Procurando o caminho a casa.

O silencio chora às noites
Quantas cabeças de sereia tem o palácio?
E no prado os corpos jazem
porque são, habitualmente, desnecessários

e tinha um castinheiro com uma senda para me dar
a fonte do nascente onde cresce o paladar
ate a frescura dum coração todavia incorrupto
tinha-te a ti
e a um passarinho
que matei de sobrepeso

agora entrou o mundo no fundo da nossa alma:
sabe bem tu mãe

compreende ela
que crê conhecer o preço a pagar,
mas o que ela não sabe
e a quem e donde entregar o corpo
Artur Alonso Novelhe

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