Estive esperando por ti,
e como de esse dia nunca chegas:
um caminho ao meio
numa rua deserta, dous petiscos sobre a mesa
estive a aguardar por ti
o jornal enrugado
para o balcão adornar um copo de cerveja
e os pombos, como sempre,
fartos nestas ruas de debicar falsos alimentos
não tem remédio, me temo não tem remédio
como a camisa curta, as calças raiadas
gastas de afeto, e a barba que cresce
não tenho outro remédio que barbear
primeiro o pensamento, para embora esquecer-te
e aquele pauzinho com que jogávamos a cegas
linhas curvas, linhas retas (diz que um coração)
não tem outro remédio que ficar estilhaços
entre a lama mais fresca
dado que eu
estivem a esperar de novo por ti
com a esperança de que estes pássaros
de agora ao inverno regressem
e foi, por certo, muito lenta
este ano a migração,
dado terem pálpebras cansas ou isso assemelham
e tu, que em realidade eras a que tinhas de vir
este outono e outro e por vir
que tampouco será certo
declinas carreiros que juntem, longe mim
também deve haver cômodas mesas,
jantares deliciados e mais algo de aquilo que
tu gostas-te sempre
ou deves a melhor ter-te extraviado
como água quando inunda os regatos de afeto,
e como de esse dia nunca chegas:
um caminho ao meio
numa rua deserta, dous petiscos sobre a mesa
estive a aguardar por ti
o jornal enrugado
para o balcão adornar um copo de cerveja
e os pombos, como sempre,
fartos nestas ruas de debicar falsos alimentos
não tem remédio, me temo não tem remédio
como a camisa curta, as calças raiadas
gastas de afeto, e a barba que cresce
não tenho outro remédio que barbear
primeiro o pensamento, para embora esquecer-te
e aquele pauzinho com que jogávamos a cegas
linhas curvas, linhas retas (diz que um coração)
não tem outro remédio que ficar estilhaços
entre a lama mais fresca
dado que eu
estivem a esperar de novo por ti
com a esperança de que estes pássaros
de agora ao inverno regressem
e foi, por certo, muito lenta
este ano a migração,
dado terem pálpebras cansas ou isso assemelham
e tu, que em realidade eras a que tinhas de vir
este outono e outro e por vir
que tampouco será certo
declinas carreiros que juntem, longe mim
também deve haver cômodas mesas,
jantares deliciados e mais algo de aquilo que
tu gostas-te sempre
ou deves a melhor ter-te extraviado
como água quando inunda os regatos de afeto,
como tempo que cobre de peles a cortiça
no coração que não seja gotas sobras de amaneiro,
como quando em moçõs eu colei acima
da tua cabeça, suas folhas moles, como símbolo supremo
de um deus grego de cujo nome agora não me lembro
como desde há mais um mês tampouco me lembro dos
teus beiços.
no coração que não seja gotas sobras de amaneiro,
como quando em moçõs eu colei acima
da tua cabeça, suas folhas moles, como símbolo supremo
de um deus grego de cujo nome agora não me lembro
como desde há mais um mês tampouco me lembro dos
teus beiços.
अर्तुर अलोंसो Artur Alonso
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